domingo, 27 de novembro de 2011

Athame



O Athame possui uma antiga história. Não é utilizada como instrumento de corte, mas sim para abrir e fechar o circulo mágico, direcionar a energia gerada durante ritos e encantamentos e “cortar” energias Raramente é utilizada para invocar ou chamar as deidades, pois é um instrumento de comando e manipulação de poder. A faca é geralmente cega, normalmente de fio duplo e com um cabo preto ou escuro. O preto absorve poder. Quando utilizada em rituais para direcionar energia, um pouco de seu poder é absorvido pelo cabo - apenas uma quantidade ínfima -, o qual pode ser evocado posteriormente. Do mesmo modo, por vezes a energia gerada em rituais é canalizada à faca para uso posterior. Estórias de espadas com poderes e nomes mágicos são bem comuns na literatura mítica, e espadas são simplesmente grandes facas.
Alguns entalham símbolos mágicos em seus athames, normalmente tirados da Chave de Salomão, mas isto não é necessário. Como em muitos instrumentos de magia, a faca se torna poderosa com seu toque e com sua utilização. Entretanto, se assim desejar, entalhe palavras, símbolos ou runas em sua lâmina ou cabo.
Uma espada é por vezes utilizada, pois possui todas as propriedades de uma faca, mas pode ser de difícil manuseio em rituais internos devido a seu tamanho.
Graças ao simbolismo do athame, a qual é um instrumento que causa mudanças, é comumente associada ao elemento do Fogo. Sua natureza fálica a associa ao Deus.


Athame de Cabo Branco:

O Athame de cabo branco (por vezes chamada de Boline) é simplesmente uma faca prática, de trabalho, ao contrário da puramente ritualística faca mágica. É utilizada para cortar galhos ou ervas sagrada, inscrever símbolos em velas ou na madeira, cera ou argila, e para cortar cordas a serem utilizadas em magia.
Normalmente possui cabo branco para distingui- la da faca mágica. Algumas tradições rezam que a faca de cabo branco seja utilizada apenas dentro do círculo mágico. Isto, obviamente, limitaria sua utilidade. A mim parece que utilizá- la apenas para fins rituais (como colher flores no jardim para serem colocadas no altar durante rituais) confirma o aspecto sagrado desse instrumento e permite, assim, que seja utilizado fora do "espaço sagrado".

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